No agito da vida moderna, sobrecarregada de trabalho e preocupações, não damos conta do quanto isso pode interferir na nossa alimentação. Somente quando sentimos as aftas estourarem na boca, aquela queimação ácida no estômago ou a azia, que persiste mesmo com os antiácidos, percebemos que o nosso sistema gástrico não vai nada bem. E, se não tomarmos nenhuma atitude esses sintomas poderão evoluir para uma gastrite ou até para uma úlcera gástrica.
Uma das razões disso é que a vida agitada e cheia de compromissos nos impele a quebrar regras de horários, principalmente das refeições. Não é muito raro substituir as refeições por alimentos de baixa qualidade nutricional e até mesmo prejudiciais para o organismo, tais como, lanches e salgadinhos gordurosos, snacks, petiscos, chocolates e o que vier pela frente, no vale tudo para matar a fome.
Mesmo nas refeições regulares, a ansiedade e as preocupações com o trabalho, não nos permitem desacelerar a atividade mental, para ter a consciência sobre o que vamos comer, isso nos leva a engolir as refeições sem mastigar deixando todo o trabalho para o estômago.
Como se isso não bastasse, com a ingestão muito rápida, comemos muito mais, sobrecarregando ainda mais o estômago e temos a sensação de que engolimos um boi.
Para evitar tudo isso, seguem algumas sugestões sobre como comer:
Faça refeições em horários determinados, crie um ritmo do corpo, conforme a sua necessidade;
Faça uma prece agradecendo a refeição;
Coma em ambiente tranqüilo, evite assistir televisão e conversar sobre trabalho;
Preste atenção ao sabor e à textura da comida, fazendo com que a refeição deixe de ser um ato mecânico para se tornar uma atividade consciente e prazerosa;
Coma apenas o necessário, isto é possível fazendo uma mastigação adequada;
Dê preferência aos alimentos naturais frescos ou orgânicos, e aos produtos produzidos na região e da época.
Em memória ao amigo
Júlio Lúcio Mukuno
Engenheiro de Alimentos